quinta-feira, 27 de março de 2008

Eu busquei, e busco o meu fundo. O que ninguém vê, nem eu mesma. Me conhecer, perceber minhas capacidades, os meus limites, o que tolero,o que não aceito é fundamental para o equilíbrio da minha existência. Saber o que me determina, o que me caracteriza, que leis me regem, e que regras necessito quebrar para EU ser EU, é uma força além de mim, soberana a toda criatura, a todo criador, maior que o universo. Toda energia, toda minúscula partícula conspira pra isso. Não posso negar que a minha expectativa é de que eu confirme que tudo que me rege é para um único fim: o AMOR, o RESPEITO e a PAZ.
Teoricamente, todas as leis existentes buscam um único fim. São um contrato social que buscam que a convivência do ser humano com o ser humano, com os outros animais, e com a natureza seja tranquila, acatando uma ordem para se chegar a ordem. Agora pensemos nos diversos tipos de sociedade, grupos, tribos, comunidades, e em suas distintas leis com finalidades semelhantes. Será se durante o processo de chegada ao fim, comportam-se respeitando o objetivo final? Será se os meios justificam o fim? Se quer paz, contudo sempre se faz paz pra se chegar a paz? Não consigo entender, como uma guerra que tanto massacra, gera dor, sofrimento, percas, pode ter como objetivo final a paz. Oraa, toda guerra é guerreada em nome da paz, porém violentamente feri a paz. É estranho perceber que a morte, a violência, em toda sua diversidade, violência psicológica, física, entre outras, pode gerar um estado de paz, de harmonia. Como agredir pra se ter carinho? Não cabe a mim determinar ao mundo o que fazer, o que é certo e, o que é errado. Mas, eu posso, e quero me determinar, afinal, já que não posso revolucionar o mundo, eu vou revolucionar a minha vida, o que eu sou depende de mim, não do mundo lá fora, do mundo dos homens corrompidos por essa sociedade maldita. Entendam, eu não vou, eu não quero agredir o outro em nome da paz, pois a minha paz é feita em nome desta paz, com ela, por ELA. Apenas, só por ela.

Nãoo,eu não sou "boazinha", eu sou má, eu amo e também odeio. Eu tenho a imperfeição do ser humano, e de fato a momentos que o meu eu quer guerrear, e guerreia passivamente, porém num outro momento, o meu eu quer guerrear violentamente contra toda essa injustiça, justificando o ódio em nome do amor, a violência em nome da paz. O fato, é que nada é por inteiro, totalmente completo. Por isso, o meu eu é muito mais complexo do que esta noção de bem e mal, certo ou errado. Não que me falte referências, não é que tudo seja permitido, grças eu dou pois, no auge da minha crise de identidade eu consegui perceber algumas das minhas determinantes, porém os meus pilares são construídas sobre fatos e formas variantes de uma constância particular do meu ser. E não é difícil de entender, o que acontece comigo é simples. Contudo, uma siplicidade incomum, diferente, e que incomoda, feria a existência alheia, pois estes outros em sua maioria existem dentro de conceitos prontos e determinados, ditados pela sociedade capitalista, e pior aceitos incontestavelmente, sem dúvidas, sem interrogações, sem a curiosidade de saber como seria se não fosse assim. Por trás disso tudo há um sentimento de medo em relação ao desconhecido, ao diferente, a mudança. Se questionar sobre o que podemos ser, pode ser, e é terrível, perceber as características que existem em nós, e que inconscientemente mantemos escondidas por pura convenção social, é rídiculo, porém cedo ou tarde, tais características serram expostas, involuntáriamente, e você perceberá o quanto se desconhece.
Só que eu não, não escondo, não mascaro o meu ódio e a minha raiva por quem não ama incondicionalmente todos os seres vivos, por quem não faz paz, não respeita. Meu ódio humano pelo desumano existe, eu não queria que existisse, entretanto existe, e eu não escondo o meu sentir, não mascaro o que de fato sou, apesar de defender incondicionalmente a paz pela paz.

Ufaaa acho que parte de mim se encontrou! Comemoremos com brindes à VIDA! :)))

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